Sou.
Sim, consigo ser tantas vezes,
Quase essas tantas,
Tudo o que posso ser.
Não, nem sempre sou,
Quem quero ou quem sonho,
Mas sou tudo o que posso ser,
Quando o sou,
Sendo tantas vezes apenas,
O ser que me faz ser,
Sendo cada vez mais,
Alguem que tantas vezes,
Nem o espelho sabe quem é.
Sei ser,
Assim complicada,
Na minha simplicidade,
Em palavras e gestos,
Que tantas vezes sei,
Ser assim aliterada,
Alterada na forma como
Estou e sou.
E ser assim,
Desgastante,
Alucinante,
Na velocidade vertiginosa,
Que começa e acaba numa viagem,
Em que o destino me fará ser,
Alguém diferente,
Talvez igual,
Ao que o sonho e o desejo,
Tantas vezes tentam ser.
Estou triste e confusa!
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